terça-feira, 14 de junho de 2011

Caminhada Existencial

Ontem algumas horas de ir deitar-me telefonei a um amigo, uma pessoa muito importante para mim, esse que fez parte de alguns dos anos mais complicados e especiais da minha vida. É muito bom quando sabemos que as nossas amizades são recíprocas. Foi uma ligação curta, mas durou o suficiente para deixar o coração apertado de saudade. Quando já estava deitada a espera de adormecer comecei a relembrar situações, pessoas, e sinceramente é óptimo olhar para trás e poder me alegrar com o que já vivi, lembrar de pessoas que me marcaram, situações que deram um tempero mais que especial aos meus dias. Realmente as pessoas que não constroem suas próprias histórias e vivem da vida de outros não devem ser felizes, ou mesmo as que tentam viver como se fossem ilhas.
 Durante nossa "caminhada existencial" passam por nós tantas pessoas, e cada uma delas de alguma forma contribui na construção da nossa história, mesmo aquelas anónimas como o senhor da papelaria, a moça do banco, ou mesmo a senhora do café. Sabe, há pessoas que encontramos que nos encorajam, fortalecem-nos e depois se vão, há ainda aquelas que nós as encorajamos, aconselhamos, e essas também seguem seus caminhos. E depois há aqueles poucos que partilham do mesmo "mapa existencial" que nós. E pensando nessas pessoas que fazem mesmo parte da nossa jornada percebi o quão fácil é amar*, sermos generosos, educados, calmos, enfim, ter um bom relacionamento com os que entram e saem da nossa vida, enquanto isso os conflitos, as mágoas, tristezas são com aqueles quais estamos “pregados”, as pessoas mais próximas são as que mais amamos e as que mais fazemos sofrer. 
O facto de ter um compromisso com algo ou alguém assusta muitos homens e mulheres, seja numa amizade, namoro, casamento, colegas de trabalho. Vemos tantas pessoas que não conseguem obter sucesso nos seus relacionamentos, algumas parecem estar sempre fugindo das situações complicadas, sendo que encontram sempre os mesmos problemas em todos os lugares, ou então, vemos outras que estão lutando e brigando com todas as pessoas permanentes em suas vidas. Quase toda gente vive tentando impressionar aqueles que estão apenas de passagem nos seus caminhos e se esquecem de conquistar o respeito, carinho, admiração daqueles que são permanentes, não procuram cultivar relacionamentos saudáveis. Espero que nós possamos reflectir melhor sobre isso, e analisar como tem sido nosso empenho nos relacionamentos permanentes, afinal, como escreveu Augusto Cury - "Se você passar por uma guerra no trabalho, mas tiver paz quando chegar em casa, será um ser humano feliz. Mas, se você tiver alegria fora de casa e viver uma guerra na sua família, a infelicidade será sua amiga.”

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O que é nosso?

Dia calmo, pássaros a voar e cantar,
Pessoas a ir e vir.
Nada pára, tudo segue um caminho.
O que é nosso? Nada.
Sempre ficamos apenas nós e nosso aprendizado.
E se não aprendemos? Então, foi tudo em vão.
E as coisas? Elas acabam.
Se elas acabam por que atribuímos tanto valor à elas? Porque somos ignorantes.
E as pessoas? Elas sofrem, amam, alegram-se, odeiam,
Depende de como as tratamos.
E no fim da nossa caminhada percebemos que, quase tudo resume-se em termos aprendido ou não a valorizar os outros.
E quem não percebe isso? Esse não compreendeu o sentido de viver.